Já não sei quem sou…
Invades-me
Num beijo molhado
E me leva à entrega absoluta
Perco-me nas partículas
Que te cobrem, envolvem,
E abarco-te com volúpia
No íntimo de mim.
Já não sei onde estou…
Em ondas uníssonas e ritmadas,
Entre gritos e gemidos,
Salivamos torrentes de amor
Que se quedam eternas.
Já não sei de mim…
O colapso final surge
Entre ejaculações e contracções
E palavras de amor
No declínio da tensão.
Já não somos dois…
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