sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Volúpia




Já não sei quem sou… 
Invades-me
Num beijo molhado
E me leva à entrega absoluta
Perco-me nas partículas 
Que te cobrem, envolvem, 
E abarco-te com volúpia 
No íntimo de mim.

 





Já não sei onde estou… 

Em ondas uníssonas e ritmadas, 
Entre gritos e gemidos, 
Salivamos torrentes de amor 
Que se quedam eternas. 

Já não sei de mim…






 

O colapso final surge 
Entre ejaculações e contracções 
E palavras de amor 
No declínio da tensão. 

Já não somos dois… 


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