quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Arrebatada


Eu não quero a ternura 




quero o fogo 
a chama da loucura desatada 

quero a febre dos sentidos 
e o desejo 
o tumulto da paixão arrebatada 

Eu não quero só o olhar 
quero o corpo 
abismo de navalha que nos mata 

quero o cume da avidez 
e do delírio 
sequiosa faminta apaixonada 

Eu não quero o deleite 
do amor 
quero tudo o que é voraz 

Eu quero a lava 




Nenhum comentário:

Postar um comentário