Ah, o pecado!
Viva o pecado
Que esconde em si
A mais casta virtude.
Pequemos todos, então,
Pois a alternativa
É sermos todos pequenos e vãos.
Deixemos correr
Mãos sobre nádegas
E olhares incestuosos
Sobre nossos próprios amantes.
E pequemos sem culpa
Porque culpa e pecado
Não sabem dançar um maxixe,
Só valsas vienenses.
Quando muito!
O pecado é belo,
Fulgurante e molhado;
Feito para ser deliciado
Pequemos o aqui e no agora
O pecado doce
Da quase-castidade abandonada.
Paulo Mon’Alverne
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