A julgar pelas conversas que tenho tido ultimamente, o sexo ‘normal’ esta em desuso e muito desprestigiado. Não estou falando aqui de sexo morno ou desinteressado. Mas pelo jeito, aquela coisa quentinha e comum, que se faz no dia a dia e sem malabarismos, perdeu completamente o seu encanto e dizer que alguém transa assim já virou basicamente uma ofensa.
Conversei com um leitor um dia desses e ele me falou que frequenta eventos de sadomasoquismo e podolatria aqui em Sampa. Eu disse que não deixo de realizar meus desejos mas também não me obrigo a fazer coisas/frequentar eventos que não desejo. E, como nunca me interessei por esses assuntos, também nunca fui. E completei com uma gracinha, dizendo: ‘acho que meu estilo tá mais pra feijão com arroz’ E ele: ‘Pois eu acho que você esta precisando incrementar isso aí, fazer mais coisas, ir a mais lugares, colocar bife e batata frita pra ficar mais gostoso’. Ei! Quem disse que meu feijão com arroz não é gostoso? Eu não tenho nenhum problema com novas experiências e estou sempre aberta quando o assunto é sexo. Mas em tempos que as pessoas fazem o tatu invertido e se penduram no teto, quem não faz – ou pelo menos diz que faz – alguma coisa, fica automaticamente rotulado de insosso. Isso é muito injusto!
O curioso é que a maioria, principalmente os ‘buffet completo’, mal sabem fazer um básico gostoso. Querem provar tudo de uma vez, mudam de posição toda hora e não conseguem se concentrar o suficiente pra satisfazer ninguém (e nem ficar satisfeitos).
Todo mundo gosta de variar e novos prazeres são sempre bem vindos. Mas sexo íntimo e sossegado tem seu (enorme) valor. Pergunta pra gente que não faz e você vai ver.
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