quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Quando o desejo se materializa


Horas e momentos em que o corpo esquece e procura o abandono. 
Sinto intensamente  a fome, a violência da vida e as entranhas que gritam. 
Sinto o desejo se materializar. A tua pele na minha, devagar, sem pressa. 
Em primeiro a minha carne nos teus olhos, curvas e caminhos  que reclamam teu toque.
E então bem de perto, procuras o calor e o brilho indecente do meu olhar quando as tuas mãos apertam as minhas ancas.
O meu olhar devora o teu ombro, o teu peito e a tua pele. 
Ofereces o tumulto e eu te aceito. 







Provo a cor e o relevo e engulo o teu sexo duro. Sei o desejo, o sorriso que diz quero mais e um presente que se conjuga com o sal que escorre e com o rio que molha, suores com sabores a explosões. 
Os meus dentes marcam o teu ombro e os seus lábios meus mamilos duros. A tua mão forte que aperta e a tua boca que me chama puta.  Sou selvagem e doce. Sou pele que ouve os teus silêncios e os gemidos roucos do teu corpo que goza. 
E então olha para mim. 

Olha para os meus olhos quando encostas as tuas coxas ao meu corpo, quando as minhas pernas apertam e não largam, quando o teu sexo entra em mim com violência e agressividade. Olha para mim e procura a minha alma. 

Um comentário: