Entrego-me quase imóvel sob
o jugo do teu corpo.
Quase terra fertilizando frutos.
Quase areia engolindo conchas.
Quase mar naufragando barcos.
Tu afundas teu rosto, tua carne, teus dedos, teu gosto,
e eu te recebo num avesso casto e premente, em
obediência ondulante e quente, olhos abertos
para tua fome de profundezas e gemidos,
para o teu querer de suspiros e
sussurros que se perdem na
amálgama de nós dois
fecundando o amor.
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