domingo, 19 de março de 2017

Série tailandesa III



Entrego-me quase imóvel sob
o jugo do teu corpo.

Quase terra fertilizando frutos.

Quase areia engolindo conchas.

Quase mar naufragando barcos.






Tu afundas teu rosto, tua carne, teus dedos, teu gosto,




e eu te recebo num avesso casto e premente, em




obediência ondulante e quente, olhos abertos




para tua fome de profundezas e gemidos,



para o teu querer de suspiros e




sussurros que se perdem na




amálgama de nós dois
fecundando o amor.



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