Quando o homem
entra na mulher,
entra na mulher,
como a onda batendo contra a costa,
de novo e de novo,
de novo e de novo,
e a mulher abre a boca com prazer
e os seus dentes brilham
como o alfabeto,
Logos aparece ordenhando uma estrela,
e o homem
dentro da mulher
ata um nó
de modo que nunca
possam voltar a separar-se
e a mulher
sobe a uma flor
e engole o seu caule
e Logos aparece
e solta seus rios.
Este homem,
esta mulher,
com a sua dupla fome,
tentaram atravessar
a cortina de Deus,
e por um instante conseguiram,
ainda que Deus
na Sua bondade irônica
desate o nó.
a cortina de Deus,
e por um instante conseguiram,
ainda que Deus
na Sua bondade irônica
desate o nó.
Versão do poema “When man enters woman”, de Anne Sexton (a partir de uma tradução espanhola e do original) por António Sá Moura .
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