Em desejo possuída
me jogo,
me rasgo,
me estrago
contra os móveis,
sobre as plantas,
intramuros,
me vejo fera,
me faço cadela,
me mordo serpente,
ferida em meu desvario
no mais escondido recanto do meu bem-querer,
no meu coração perplexo e ávido
que desfibro, insana, devagar.
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