sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Luxúria

Existem horas onde a alegria é selvagem, o gozo impulsivo e o sexo intenso.
Tenho no corpo a beleza das viagens proibidas e das mentes irrequietas.
A vida desenha na minha pele as lembranças e a força das tuas ancas. 
Imprópria? Não. Apenas sincera.
O teu sexo duro e direito encostado ao meu cu deixa-me a escorrer. 
A indecência das palavras obscenas que murmuras provoca o rio entre as minhas pernas. Diz-me a tua vontade, o ritmo do teu corpo e as tuas mãos nas minhas mamas.
Os sentidos despertam entre a dor e o prazer.
E neste cenário onde a luxuria se revela, lamber a carne, beber o doce e encher o vazio.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Delírios ao amanhecer

Desejo matinal com direito a tudo









Pegada

O fogo consome minha pele
incendeia meus poros
me enlouquece de tesão.
 

Eu quero sentir tuas mãos em mim.
Esfrega, acaricia, toca sem pudor.
Anseio por tua "pegada".
Forte, quente, sensual, deliciosa.


 
Descobrindo meu corpo, seus recônditos.
Seus tremores de desejo, suor, saliva, fluídos.
Corpos. Sedentos. Maculados pela luxúria.


 
No teu corpo. Em teu colo.
Me aninha no teu pau enrijecido.
Se encaixa no meu íntimo inconfessável.
Que eu colho o teu néctar em minha flor!


Momentos


Momentos...

Momentos de paixão
Sonhos por nós vividos...
Almas juntas...
Mãos na bunda...



Olhares doces...bocas de mel
Sensações sem definição...
Corpos entrelaçados...penetrados..

Delírios

Eu gosto dos venenos mais lentos
dos cafés mais amargos
das bebidas mais fortes
e tenho
apetites vorazes


uns rapazes
que vejo passar
eu sonho
os delírios mais soltos
e os gestos mais loucos
que há


e sinto
uns desejos vulgares
navegar por uns mares
de lá




você pode me empurrar pro precipício
não me importo com isso
eu adoro voar.

Suga!

Suga a minha energia até ao limite...
Devora-me...


Sou fruto proibido...
Faz-me delirar de prazer...

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Amigas íntimas

Neste verão, em Ilha Bela, estamos cheias de frêmitos... Sabores inesquecíveis!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Quando o homem



Quando o homem
entra na mulher,

como a onda batendo contra a costa,
de novo e de novo,

e a mulher abre a boca com prazer
e os seus dentes brilham


como o alfabeto,
Logos aparece ordenhando uma estrela,
e o homem
dentro da mulher


ata um nó
de modo que nunca
possam voltar a separar-se
e a mulher
sobe a uma flor


e engole o seu caule
e Logos aparece
e solta seus rios.


Este homem,
esta mulher,
com a sua dupla fome,

tentaram atravessar
a cortina de Deus,
e por um instante conseguiram,
ainda que Deus
na Sua bondade irônica
desate o nó.



Versão do poema “When man enters woman”, de Anne Sexton (a partir de uma tradução espanhola e do original) por António Sá Moura .

Erótica


Te enlaço

abraço


me enrosco
deslizo
sensual
e plena de nós
entre os teus braços
e os lençóis



Exponho-me 
e recomponho-me
me apertas
me prendes
me abro
e me entrego



no fogo
que nos consome
até saciar
a fome...

Para meu amigo "Lascivo"

Hoje fiquei menstruada...
Indisposta e com tesão ao mesmo tempo
(é o preço que se paga por ser mulher).
Queria um homem assim agora...

Quero um homem 
que toque minha alma, 
que entre pelos meus olhos 
e invada meus sonhos. 
Quero que me possua inteira, 
corpo e alma, 
fazendo dos meus desejos 
breves segundos de êxtase 
o prazer do encontro total. 
Quero sentir seus braços longos 
envolvendo meu abraço, 
seus lábios mudos 
calando o meu silêncio 
sem precisar nada dizer... 
apenas me olhando 
com olhos negros e úmidos 
e me tomando devagar, 
como o mar avança na praia, 
como eu sei que tem que ser 
e sei que um dia será.

Sem explicação

Quando fazemos amor, 
transformamos um sentimento,



uma sensação, 
em algo fisico, 
mas nunca,



em algo que podemos explicar...

Nua


Porque me despes completamente
sem que eu nem perceba...


E quando nua
por incrível que pareça
sou mais pura...


Porque vou ao teu encontro
despojada de critérios...
liberto os mistérios
sem perder o encanto
do prazer...


Porque
quando nua
sou única
e exclusivamente
tua...

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Se me quiseres, serei tua


Se me queres, venhas
Habita-me os dias
como um pássaro no ninho
mas chega devagarinho
ao entardecer



Faz tua morada em meu peito
apossas-te do meu leito
e adormece em meu seio



Pousa em mim teu cansaço
num doce abraço
e eu te acolho em meu regaço
Mas não venhas partido ao meio
nem traga as horas fugidas
migalhas de sua vida
Venha por inteiro
se me quiseres



como te quero
e inteira te espero
Porque meu amor é tão intenso


que não cabe nas horas,
se te fores embora.

Se me queres
venha sem medos
nem segredos


Traga a alma nua
e o brilho da lua


e eu serei tua

se me quiseres...

Amor, amor...


O amor não é razão; é loucura
alimenta-se de sonhos, ilusões
promete castelos,  tentações
noites banhadas de luar e juras




O amor faz-se ao tempo, presença
um querer estar juntos eternamente


um morrer de saudade latente
É como um deus,  quiçá, ou uma crença




O amor é como uma taça de vinho
bebido a dois em bocas ardentes
fogo e paixão em desalinho






E na loucura sem razão do amor
explodem sonhos, rios, vertentes
Um viver ou um morrer de prazer