quarta-feira, 20 de julho de 2016

Como deve ser

Fecho os olhos e sei o perfume na pele do teu pescoço.
Depois,
Sei o abandono dos corpos satisfeitos e a tranquilidade da vontade e da fome.
Depois.
Mas há o antes. Saber as palavras que não se dizem mas que se sentem. Conhecer os olhares que se sabem e que tomam consciência.
Porque é a luxúria que conduz a minha boca.






É o meu cu oferecido que deves lamber, morder e explorar.
Porque é na indecência da explosão que morremos, juntos.
Existe um instinto único nas peles que se encontram na confusão da carne vermelha que transpira e que sufoca.
Esta carne que se entrega até ficar com sede. A carne que treme e que oferece a alma num último suspiro.
É assim que deve ser.

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