Quero qualquer cara
que me queira inteira,
assim como sou,
do jeito que estiver.
Quero um homem
que me coma,
que me ame como
uma mulher.
Quero ser descoberta,
desbravada,
como uma estrada
que leva a qualquer cenário.
E viver destroçada,
de paixão em paixão.
Depois ficar só,
chorar, doer, sangrar.
E morrer de tesão.
Tanto faz, numa cama linda,
com lençóis de seda
e almofadas, em colchão macio,
como no chão duro e frio
de um quarto pobre,
numa velha casa de periferia,
ou até mesmo ao ar livre,
na grama ou na areia,
debaixo de qualquer céu.
Tanto faz, tanto faz...
eu quero é morrer de tesão
assim nós dois nus, perpenetrados,
totalmente entregues,
um dentro do outro,
curtindo tudo o que nos apraz.