sábado, 11 de maio de 2019

Voraz apetite

Uma casa vazia, cheia apenas com duas almas.
 
Uma parede suja.




 
O centro de uma sala. Dois corpos que se encontram.
Um voraz apetite. Duas línguas que se comem.

 
Um corpo que se encosta à parede. Outro corpo que desce.
Um sexo consumido. Uma boca que não se sacia... uma mão que não consegue parar quieta.

 
Uma posição que se troca. Outro corpo que se encosta à parede.
Duas mãos que se apoiam. Uma língua que consome.
Um corpo que pede mais, um outro que se aproxima.

 
Dois corpos, que num se transformam, e uma parede que estremece.







A parede teima em fugir, as mãos teimam em escorregar.
Um apoio forte nas ancas, umas mãos que protegem.
Uma explosão de força e um corpo gelado que se encosta à parede.

 
O corpo, que voltou a ser duo...
apenas uma mão na parede deixou.




Nenhum comentário:

Postar um comentário