terça-feira, 19 de maio de 2015

Livre

O seu olhar continuava fixo em mim, o cheiro do seu perfume era penetrante e ele aplicadamente elegante...
Não tardou a se aproximar de mim talvez um pouco encabulado.
Sorri, passeias mãos nos cabelos e toda minha atenção recaiu sobre ele tentando adivinhar sua idade. Quarenta se os tivesse...
Dialogando coisas triviais ficamos saboreando a música que preenchia o ambiente do salão de festas.
Um desejo quase súbito estremeceu as minhas pernas. As minhas coxas estavam, inexplicavelmente, ansiosas por toques precisos enquanto a mente divagava as delícias de um abandono que me fazia sentir livre. Livre para fazer o que quisesse.


Não demorou muito a acontecer...
A sua mão direita estendeu-se, exigindo a minha num ligeiro aperto. A sua pele era macia, ao primeiro contato.
Quase imperceptivelmente, mas sem qualquer hesitação, entreguei-me ao cuidado daquele homem cujos devaneios seriam comuns enquanto parecíamos apenas observar o espetáculo.
Estávamos nos tocando sutilmente e a cada nova carícia a vontade impunha-se luxuriosamente.  Entre beijos lascivos os seus dedos passaram a insinuar-se e a forçar a entrada e remexer no meu interior com movimentos desvairados. Perdida num turbilhão de sentimentos que me roubaram a razão. Ele já com um ou dois dedos enfiados no estreito caminho, os seus movimentos não tinham limites, avançavam cada vez mais fundo, retirando na minha carne todo um líquido abrasador.
Mordendo o lábio inferior, debrucei-me sobre o seu corpo e um braço acolheu-me o desejo num gemido sufocado pela música que pairava no ar.


Os seus dedos, cada vez menos tímidos, entreabriam-se, subindo e descendo, sábios, num apressado vai-vem.
Sinto a sua respiração ofegante, quando a sua boca me rouba um beijo, sugando toda a saliva da minha boca.
Os seus movimentos  tinham uma única direção e nunca voltavam atrás. Os seus dedos estavam dentro do meu interior, forçando as minhas pernas a abrirem-se tal como o meu sexo, já totalmente umedecido. Gemi de prazer quando lentamente a sua mão livre, encaminhou a minha até ao seu pênis,  rijo, duro como pedra.

Com habilidade e  ansiedade, retirei para fora das calças aquele falo, suculento, inchado e desafiante.
Num impulso desejado pelo seu corpo, retirou os dedos de dentro de mim. A sua mão  subiu pelo meu ventre,  acariciando-o e pressionando-o levemente.  Levou os dedos à boca e chupou-os com  satisfação, degustando assim o meu sabor.



Perdida de tesão consumi aquele membro grande que me ofuscava a visão.
Entreabri a boca, molhei os lábios com a língua cheia de saliva. Curvei-me sobre ele, inclinando a cabeça de modo a acolher a ponta do seu pênis latejante. Ele suspirou fundo.  Fiz  um boquete  suave, abafando os meus gemidos e a seguir suportei  suas investidas fortes em minha boca.  O seu membro ia e vinha na minha garganta em empurrões sucessivos e altamente excitantes. A velocidade com que entrava e saia entre meus lábios fizeram daqueles movimentos momentos de êxtase prolongado que me asfixiava.

Contudo não permiti que ele gozasse. Não. Precisávamos terminar aquilo nus sobre uma cama na fúria de outra peleja corporal que desse vida a outros detalhes.
Libertou-se de minha boca... O seu rosto desceu até o meu decote, esfregando sua boca em meu pescoço e sugando meus seios. Nesse momento o quis todo dentro de mim, em total desejo...





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